terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Rotina

Acordar cedo. Trabalhar de sete e meia as dezesseis e meia, mais umas horinhas extras e com sorte chegar em casa por volta das dezoito horas (nem menciono o capítulo a parte: o transporte público do qual eu dependo, teria que dedicar bastante tempo relatando e resmungando, basta isso) Banho revigorante. Fazer uma jantinha que ninguém é de ferro. Lavar roupa. Limpar chão. Lavar banheiro. Arruma dali, muda um móvel daqui, que as coisas e o ambiente têm que ser práticos num ambiente pequeno. (Mãe quero registrar meu profundo respeito e compreensão quando você reclama que trabalha muito, as demais coisas espero compreender quando tiver filhos, mas já faço alguma idéia, acredite. Agradecimentos eternos, não se esqueça) Banho relaxante. Vestir o vestido preferido, mereço me senti bem, sentar no sofá e rangar. Mereço deixar a louça do jantar pro dia seguinte, só hoje.
Realmente o trabalho doméstico é repetitivo e bastante cansativo, não tem fim, nem temporário.Bastante indicado pra quem aprecia a segurança da mesmice, a imutabilidade das coisas: as louças sempre estão sujas, a casa sempre tem que ser limpa (há opiniões divergentes, mas não entrarei no mérito da questão) enfim sempre se faz a mesma coisa indefinidamente. Espero mudar de idéia e ver alguma graça nessas coisas.
Concordo de hoje em diante que todas nós temos jornada tripla de trabalho e, estou contando só as básicas, pois na verdade dariam mais de dez, concordo que devíamos ser remuneradas de acordo com tais jornadas, nada mais justo, embora algumas coisas que fazemos sejam impagáveis no bom sentido, claro. Toda dona de casa depois de um dia assim, deveria receber uma massagenzinha nos pés (seria o mínimo e sem conotações maliciosas, que depois dessa maratona acredito que uma boa noite de sono seria o máximo que se conseguiria).
Oh! vida..doce vida agridoce às vezes.

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