domingo, 29 de julho de 2012









Dançando com o sol.
São Luiz MA

- Julho de 2012

sábado, 7 de julho de 2012

primeira lição do dia

Ao passar no big box da via EPTG- DF cedinho, tive a grata surpresa de ser atendida por duas pessoas com necessidades especiais: o operador de caixa em treinamento e o empacotador que fez questão de empacotar cuidadosamente minhas compras mesmo eu tendo levado minha sacola de pano. Super educado, dizendo que ia colocar os produtos que amassam por último e os mais resistentes no fundo da sacola enquanto separava cebolinha e frutas para o lado. Nesse momento mais duas pessoas fazem fila.
Como é de se esperar o rapaz do caixa estava sendo orientado por outro funcionário e estava um pouco inseguro e lento, mesmo assim quase não se percebia que era alguém especial, a não ser pela pequena dificuldade motora e na fala (mais pausada), não sei se por não perceber isso, o senhor que vinha logo depois de mim na fila, incomodado com a demora começou a reclamar dizendo que o treinamento não era pra se feito aquela hora, mas sim no escritório anteriormente e continuou resmungando deixando o rapaz ainda mais nervoso.
Talvez a velhice nos deixe mais ranzinzas ou talvez estejamos mesmo perdendo a capacidade de esperar com educação ou sermos mais pacientes e compreensivos. Só sei, que a idade também me fez perder a capacidade de me calar diante do que me parece uma injustiça, mesmo que pequena e bradei:
-O mercado é que deveria colocar mais funcionários nessas mais de oito máquinas de caixa vazias, ao invés de querer que três funcionários atendam todos os clientes rapidamente. E treinamento deve ser feito é aqui mesmo, na prática, com os clientes, é assim que se aprende! (Lembrando também do meu primeiro emprego: operadora de caixa de um supermercado)
O senhor me olhou contrariado, e os funcionários supresos assim como as pessoas do fim da fila, mas ninguém falou mais nada. Depois de pagar a conta, ainda pedi crédito para o celular, ao que o rapaz atendeu um pouco nervoso, mas educadamente, e deixou o senhor ainda impaciente, porém mudo.
Ao sair, novamente falei alto para o rapaz do caixa:
- Muito obrigada e você está se saindo muito bem.
Recebi um tímido sorriso e saí pensando em quantas oportunidades temos para aprender a generosidade e a tolerância, e as deixamos passar esmagando-as com nosso esgoísmo e cegueira.

PS: Fiquei feliz também de ver (não sei se é imposição legal, talvez seja) um supermercado dar oportunidade de trabalho para pessoas especiais, quem sabe assim a gente vá aprendendo aos trancos e barrancos, o que eles já sabem: que o mais importante é o respeito ao próximo, nada é mais urgente do que nos humanizarmos.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

da fé nas pessoas

As piores misérias do homem são aquelas que estão dentro dele, às vezes, incuráveis. Não há higiene, progresso, tecnologia, alimento, informação, cultura...Não há dinheiro que compre, que garanta a cura delas.
Estão arraigadas na alma dele, e ali nada floresce, nada frutifica, nada brilha, nada reluz, nada aperfeiçoa. Sobrevivem da feiúra do seu próprio interior e dos atos e atitudes indignas, se alimentam. E pior ainda, contaminam, e também nos enfraquecem por vezes, mas nem sempre.
Ainda bem, que existe o outro lado, os outros sentimentos, as outras pessoas que emanam a beleza, o amor e nos fortalecem de novo e nos abrigam e voltam nossos olhos e nosso ser para algo maior e perfeitamente eterno. Só assim a esperança em um ser humano que traz em si algo do ser Divino que o criou, permanece, só assim.