domingo, 24 de fevereiro de 2013

Aprumar


Por enquanto, nada; por enquanto mudo, por enquanto muda. Em meio às passagens e aos passos dados, um fio preso ao passado, ainda. Sinal de que não mando no coração nem na memória. Só desprendo a parte que pode seguir em frente, junto com as partes que se movimentam com as horas, os dias. Não adio a ação, o impulso, vou. E depois pouso e depois penso e depois mais. Por enquanto, isso é bastante, isso é tudo.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Agora


Minha vida é feita de fragmentos (...). Um amontoado de fatos que só a sensação é que explicaria.

De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és?
Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência.
De certo tudo deve estar sendo o que é.

[...] a doçura é tanta que faz insuportável cócega na alma. Viver é mágico e inteiramente inexplicável.

Clarice Lispector - daqui.