terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Não é proibido

Esse fim de semana recebi visitas, que garantiram o almoço que eu fiz ficou dilícia. Como eu queria impressionar, quis fazer uma calda quente com banana pro sorvete (receita deliciosa que eu não havia aprendido); foi errar na medida de açúcar, colocar ingredientes em momentos errados e adeus calda, mas surpreendemente eu consegui fazer um doce de banana único, parecia que tinha até canela, até eu acreditaria se não fosse eu mesma quem tivesse feito (os convidados juraram que estava mais que delicioso, saboroso...tá bom já estou exagerando).

Tô falando de doces, de comida porque ouvi uma música da Marisa Monte que tem a ver com isso, se você não ficar com vontade de comer um docinho, mas vai querer cantar e dançar até o fim; outra música que fala disso com maestria é: Com açúcar, com afeto de Chico Buarque. Os poetas, os músicos é que sabem mesmo dizer e cantar a poesia que existe nesses momentos regados a algum sabor, que têm cheiro de algum gosto, têm gosto de vida; e se a gente já souber perceber desses momentos alguma doçura já está bom, se conseguirmos temperar a vida, melhor ainda...

"Fazer a própria comida:
o amor integral,

o pão, a lentilha,
o poema grelhado,
o sal na medida:
cozinhar lentamente

essa fome indefinida."

(Adriano Espínola -poeta brasileiro, em Culinária, do livro Praia Provisória in: Seção Foco- Revista Caras )
Ouça também, e veja, algumas imagens dão água na boca. Delicie-se:


Aqui um trecho da música que falei, também vale ouvir depois:

(...)
Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
Pra você parar em casa, qual o quê
Com seu terno mais bonito, você sai, não acredito
Quando diz que não se atrasa
Você diz que é operário, sai em busca do salário
Pra poder me sustentar, qual o quê
(...)

Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão, qual o quê
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida
Pra agradar meu coração
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado

Como vou me aborrecer, qual o quê
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato
E abro meus braços pra você.

Com açúcar, com afeto- Chico Buarque

hummm, deu uma fome agora...

3 comentários:

Thiago disse...

Eu, que adoro vc e a Marisa, ainda não conhecia essa música!

!! A-D-O-R-E-I !!

E a tão conhecida sutileza pra falar do cotidiano!

Bjos!!

Thiago disse...

eu tenho dois comentários aqui hehe
errei em um, apaguei, mas pelo visto não apaguei direito!

=***

desculpe pela baguncinha
=)

Ana Aitak disse...

Resolvido... Pode bagunçar a vontade. Seus comentários são muito queridos.