quarta-feira, 19 de novembro de 2008

designação

Cada coisa que ainda não sei o nome...Que nome se dá quando algo acontece, quando comove a gente, no sentido de comover, claro, mas também de "mover", tirar do lugar, deixar de estar e ser por causa de; quando algo se quebra, quando algo se funde e, depois quando após, de toda essa transformação se quer viver como se não tivesse sido, como se não tivesse existido nada de diferente?
E não é simplesmente ignorar, é ter consciência de tudo e continuar como mesmo, como mesmo antes, como sempre antes, mas não dá. Sensação estranha de vaso quebrado e depois colado, de papel riscado e rasurado. Às vezes essas humanidades com jeito de coisa, de objeto não cai bem pra mim. Às vezes não lido bem com intrísecos, com subentendidos e afins, embora eu não suportasse nessa hora objetividade, evidências. É pena certas coisas não terem meio termo, equilíbrio e bom senso. Mas talvez tenham e eu apenas desconheça os nomes.

2 comentários:

Ruberto Palazo disse...

Acredito que todos nós desconhecemos os nomes das coisas, vamsos nos descobrindo apartir do momento que vamos nos redescobrindo, colando nossos cacos, remodelando nosso rascunho rasurado no papel mal amassado...

Beijos

Thiago disse...

nomes desconhecidos justamente por essa mudança constante. se a gente fica parado, muda tudo ao nosso redor, e a gente não é mais o mesmo. todo desencontro é um encontro. e um dia, quem sabe, a gente encontre outras coisas que não têm nome: nós mesmos e o que sentimos.