sexta-feira, 23 de maio de 2008

Juscelino* (parte I)

Quero falar hoje de alguém muito especial, uma pessoa rara, e não é Juscelino Kubitschek, trata-se de nosso pedreiro, na verdade é mais que isso, já é um velho conhecido.
Ele é daquelas pessoas que você não se cansa de ouvir, o menor causo, o menor fato contado, tem ares de um épico dos mais apaixonantes. É verdade que sempre tive uma queda por esse tipo de gente, com esse dom de prender a gente pelo jeito de falar, parece que tudo fica interessante quando sai da boca delas, quando era pequena me deliciava ouvindo as histórias de três amigas da minha avó (um dia contarei delas); pois sim voltando ao nosso Juscelino, dia desses após o almoço, naquele momento de prosa preguiçosa e descompromissada, ouço nosso herói dizer:
_Ah! Que tristeza nos olhos...
Que expressão poética, bonita, pensei eu... Aguardando uma história daquelas... Qual não foi minha surpresa, quando descobri, que isso significava apenas, vontade de dormir, Juscelino estava apenas sendo vítima do poderoso soninho pós-rango.



*nome fictício

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