segunda-feira, 31 de maio de 2010

Eu mesma não gosto de vir aqui e olhar o post de vários dias, mesmo que eu não tenha nada novo a dizer, deixo aqui um poema, umas palavras que não são minhas; e que contém a novidade do belo, porque o que nos comove, o que nos abisma, sempre traz a cintilância do primeiro olhar, sempre encanta...
Vá saber

não sei se faço bem
nada do que faço bem,
se bem me faz
o que por bem conheço,
ou se mereço o nome que me fiz,
de quem no espelho busca o avesso,
de si mesmo
o vértice oposto.

posto que todo ser me contamina,
e cada nota
recompõe a pauta,
o que mais me ensina
é o que desconserta,
e o que me completa
sempre mais me falta.

João Angelo Salvadori

Um comentário:

Thiago disse...

e quem é que sabe?
adorei o poema!