terça-feira, 6 de outubro de 2009

tempestades e copo d`água

Que este texto seja como um choro e cada palavra uma lágrima que vá lavando, vá levando aquela dorzinha, aquela tristezinha cotidiana, acumulada das pequenas coisas, principalmente daquelas que a gente não queria ouvir e ouviu, não queria ver e viu, não queria nem saber e soube, não queria dizer e fez, não queria nem pensar e sentiu. Aquelas, sim que não são problema de ninguém e comparadas, ahh nem seriam consideradas, mas sim; agridem, magoam, entristecem e machucam um pouco. Porque a gente tenta sustentar o riso, o bom humor, o amor. A gente tenta entender, esquecer, perdoar; mas a gente é fraco, e mais dia menos dia tiramos a armadura só por um instante, pra limpar, pra arejar; certos de que ninguém nos atingirá enquanto isso. E nos enganamos, somos surpreendidos e por isso não sabemos como reagir. E a gente se veste de novo, se ergue num susto e se prepara pra luta que pensávamos ter nos dado trégua. A gente não tem tempo pra curar os arranhões, eles vão cicatrizando junto com a nossa sensibilidade, e quando pensamos que estamos inatingíveis é então que somos vulneráveis e a vida segue...

2 comentários:

Kholdan disse...

Tristemente bonito e tocante...

Tatiane Trajano disse...

E quando menos esperamos, somos outra vez dilacerados..

=....