quinta-feira, 16 de abril de 2009

remédio

"Arrependo-me muitas vezes de ter falado; nunca de ter silenciado" (Ciro, poeta persa 424-401 a.C.)
Talvez agora não seja o melhor momento para escrever, eu sei que quando estou assim, com os olhos meio embaçados e não choro, estou como se estivesse engasgada e não estou, não é a melhor hora; mas assim não dá nem pra falar, vou deixar sair então pelas pontas dos dedos alguns sinais, botar pra fora isso que não digeri bem e me faz mal agora.
Eu não entendo, eu tava aqui quietinha e de repente eu leio "Em resumo, cada pessoa vê, sozinha, a vida" e acho que to vendo sozinha, a vida. E percebo que isso me causa um desconforto e uma tristeza tão grande que me dói. E mais ainda porque nessas horas eu só consigo imaginar nos motivos maiores que faz tanta gente sofrer de verdade, e como sempre eu não deveria me permitir.
Não consigo entender o que é que me incomoda, porque eu entendo o porquê de cada ato, de cada palavra, cada atitude me é compreensível, eu distinguo claramente as intenções e a indiferença, e sei que não sou o alvo e, mesmo assim fui atingida em cheio. Me feri.
E vez em quando, é que fico assim olhando pra esse machucado que só eu consigo ver, sentir e que só eu também posso curar.

2 comentários:

Thiago disse...

Ana,
faz um tempinho que não passo pelos blogs que tanto gosto!
Agora estou aqui para dizer que seu blog continua lindo. E a sua expressividade também.
Fique sempre bem!
bjos!!

rafael letra disse...

tb sinto isso as vezes,é oq ,otivo q escrevemos rrrsrsr