quinta-feira, 2 de abril de 2009

Blá, blá, blá

Aqui vai mais uma versão de um dia, daquelas menos colorida do que deveria e mais frequente do que eu gostaria. Agorinha vinha eu ali saltitante e feliz, nem me importei quando quase fui atingida por uma gororoba amarela que atiraram do alto de um prédio em pleno centro comercial da cidade (o vendedor da lojinha em frente disse que tem um infeliz que frequentemente tenta atingir um pedestre inocente, seja com água suja, ou qualquer coisa nojenta, hoje ele quase conseguiu). Enfim estava eu de alma alegre, inatingível para as coisas tristes e feias, mas pouco depois chego em casa e tenho vontade de chorar, não abriram a janela pra arejar a casa, não jogaram o lixo fora; eu só não chorei porque tinha gente aqui, e eu não me permito verter lágrimas na frente de ninguém, só raramente. Mas é isso. Às vezes sucumbo diante das pequenas coisas desimportantes que fazem parecer que só posso contar comigo mesma. E não estou falando de afazeres domésticos (talvez também). Eu só queria um pouco, com mais constancia, entender meus próprios sentimentos, isso de instabilidade ... Será que quando nasci um anjo meio "bipolar" me disse algo? Espero que seja apenas as oscilações de humor causadas pelos benditos hormônios femininos. Tomara. Mesmo assim não entendo essa sina de ser tão comum e tão intensa, ser mulher. Previsível e enigma pra si mesma. E toltamente imprevisível, como agora. (Eu só queria falar de ser alegre e ser triste, garanto).

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