quarta-feira, 21 de julho de 2010

pretexto

Eu peço desculpas por outros motivos, eu continuo achando que disse o que deveria dizer e fiz o que deveria fazer, eu só acho que não valeu à pena, que não houve entendimento, que não houve intensidade, que não houve interesse. Quando o auge do meu egoísmo me diz que não houve afeto, no sentido mesmo de alguma transformação esperada, algum gesto, algum silêncio, algum afago pelo tom, pelo toque, então me desculpo e espero que se desfaçam todas as impressões, que se diluam todas as expectativas ainda ocas. O motivo é sempre egoísta, infelizmente. Eu pretendo aprender a usar as palavras para as finalidades para as quais foram pensadas, e deixar de dar sentidos diferentes, que fujam das convenções. Quando eu vou aprender a linguagem dos sentimentos alheios e deixar de falar apenas meu próprio idioma?

Um comentário:

Guilherme Antunes disse...

.. talvez quando o outro puder aprender o seu também! :)
Me parece que é sempre uma via de mão dupla.