
Mas supreendetemente a moça me lança um sorriso, explica que não dá pois vai descer no fim da rua, me conta que tá vindo de uma cidade próxima, e que já morou ali, mas teve que vender a casa pois separou-se do marido, o que não foi boa coisa (vender a casa) já que o traste não sai do novo endereço, bêbado. Falei a ela que podia voltar, ela explicou de novo sobre a venda da casa, sem volta. E que estava indo a uma consulta no posto médico onde já tinha prontuário, não gostou da “saúde” na sua nova cidade.
Eu nem sabia o que responder diante da inesperada simpatia matinal confrontada com meu mau humor matutino; se há algo que me toca é amabilidade de uma pessoa que não me conhece e mesmo assim é amável e gentil; a empatia daquela moça desconhecida me desarmou, fui obrigada a largar o desânimo e a apatia de logo cedo, até fiquei sem jeito de me surpreender tão ranzinza, eu tão alegre, tão risonha. Pega em flagrante, antipática e desanimada diante de tanta vida, tanta aventura, tanta ânimo. Que vergonha! O ônibus seguiu, ela desceu, nos despedimos e eu levei comigo um pouco da alegria que ela me deixou sem eu pedir.
Um comentário:
Nada melhor que a simpatia de uma pessoa em contraste ao que passamos no momento...
Vivi situação parecida a caminho do trabalho uma vez, com uma mulher de Olinda que estava passeando no ES.
Foi animador e lembro os detalhes até hoje.
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