quarta-feira, 9 de novembro de 2011

às vezes

"Sometimes it lasts in love/ But sometimes it hurts instead" Adele

To vendo o arquivo desse blog, decrescendo em números de postagens a cada ano. Hora de parar? De escrever não, claro. [Que essa certeza esse espaço me deu. Sou feliz escrevendo, despretenciosamente escrevendo. Talvez bem mais despreocupadamente no início, quem sabe por isso os silêncios maiores agora.] Mas de tomar novos rumos, ocupar outros espaços, mudar o foco. É difícil resistir ao desejo de que as coisas dêem muito certo, sempre ou continuem nos agradando. É difícil entender que as vezes, as coisas, as pessoas, mudam, escolhem, desistem, insistem, desbotam, retornam, distanciam ou aproximam-se (de outras coisas ou pessoas ou idéias). Mas nada é tão pessoal assim, nem eu mesma sou a mesma de ontem; há um fluxo, há um movimento que reconfigura todas as circunstâncias, todos os sentimentos, todos os pensamentos, indefinidamente; eu o sigo. E agora começo, devagar a aceitar os rumos que me cabem, sem no entanto isso significar resignação, não se explica. Só entendi, que há mais gente com as mesmas dúvidas, os mesmos medos, os mesmos desejos, os mesmos sonhos e é bonito se enxergar no outro. Continuo sem saber se é hora do ponto final ou reticências, pausas, sumiços, presença. Mas seja qual for a decisão, será o que eu poderei fazer de melhor, viver de agora, esse instante.

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