domingo, 12 de julho de 2009

in-sensibilidade

Minha hipersensibilidade beira a implicância, e se parece muito com intolerância.
Me agride uma porta fechada com força, palavras ditas num tom muito alto, supetões e ímpetos descabidos.
Me dói invadirem meu espaço, minha privacidade, meus sentimentos guardados.
Sofro com gestos rudes, indelicados, com a brutalidade banal e cotidiana.
Me custa resignar-me às diferenças, às atitudes alheias, desprovidas de senso, de bom senso e generosidade.
Quase me torno indiferente pra suportar, me torno insensível pra sentir.
"De mais ninguém

Quando calei,
disse tudo o que quis.
Ninguém me ouviu,
como sempre.
E fui meu. "

2 comentários:

Kholdan disse...

Muito bom!!!

Thiago disse...

Esse texto na verdade é um grito. Às vezes temos que nos tornar ásperos para compreendermos os outros. Uma pena.
Mil beijos!