quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A (in) experiência de viver na pós-modernidade

Assistimos à dissolução dos discursos homogeneizantes e totalizantes da ciência e da cultura. Não existe narração ou gênero do discurso capaz de dar um traçado único, um horizonte de sentido unitário da experiência da vida, da cultura, da ciência ou da subjetividade. Há histórias, no plural; o mundo tornou-se intensamente complexo e as respostas não são diretas nem estáveis. Mesmo que não possamos olhar de um curso único para a história, os projetos humanos têm um assentamento que já permite abrir o presente para a construção de futuros possíveis. Tornar-se um ser humano consiste em participar de processos sociais compartilhados, nos quais emergem significados, sentidos, coordenações e conflitos.A complexidade dos problemas desarticula-se e, precisamente por essa razão, torna-se necessária uma reordenação intelectual que nos habilite a pensar a complexidade.
Dora Fried Schnitman. Introdução: ciência, cultura e subjetividade. In: Dora FriedSchnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade, p. 17 (com adaptações). Aqui
PS: Acho bonito a capacidade humana de organizar e expressar o pensamento (inteligente) pela palavra, é quase ritmo, é quase lirismo, é quase música :)

2 comentários:

Guilherme Antunes disse...

As palavras quando se revelam pelo significado e o significado quando se revela pelas palavras é experiência das mais nobres apreendidas pela Alma. O conhecido, o conhecimento e o conhecer são qualidades do espírito em que a ordem, a estética, a métrica e o ritmo se apresentam como suas sombras, seus frutos, uma brisa que nos acolhe enquanto em silêncio contemplamos o Sol.

Ana Aitak disse...

Isso sim, foi música para meus ouvidos :)