quinta-feira, 2 de junho de 2011

enquanto silêncio

1(...)
perdoai, amigos, meu linguajar de símbolos tão velados
(...)
e não há tempo para temer
e não há tempo para chorar:
a Valsa
não tem perdões, obriga-nos a valseá-la
a Valsa
não sabe nomes, envolve-nos nos braços
a Valsa
ela mesma não se chama Valsa —
perdoai, amigos, falar-vos nesta linguagem
há algo em mim que quer brotar com força:
talvez um simples poema
talvez (perdoai) apenas
esta vontade, imensa, de falar.


Antonio Brasileiro enfeitando as margens de Suave Coisa ( blog tão lindo quanto a poesia)

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