sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Racismo, política, mídia, internet, liberdade de opinião. Dois ótimos artigos pra gente refletir :

http://colunistas.yahoo.net/posts/6225.html Michel Blanco
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101002/not_imp618576,0.php Maria Rita Kehl


Porque aqui nós somos a favor do respeito, da igualdade de direitos e nordestinos, com orgulho!

Peace and love, now!

5 comentários:

Guilherme Antunes disse...

Tenho a opinião, já cristalizada há algum tempo, de que a política de um modo geral se retroalimenta de interesses baixos, a perpetuar determinadas mazelas na sociedade, sejam elas intelectual ou sócio-econômicas.

Não existem mais verdadeiras ideologias. O que existe é a ideologia do interesse. Talvez, um partido queira conquistar o povo, através do capital, das classes mais altas. Outro, queira a conquista do poder através das questões sociais e das camadas mais humildes.

E não importa se é camada dita "nobre" ou mais "baixa", os interesses se infiltram nas classes e na sociedade, mascarados dos mais sutis e diversos artifícios, tornando a grande maioria dos eleitores, massa de manobra. Não é a toa que a "democracia" instituida neste país faz com que, aqui, o voto seja obrigatório. Povo mal instruído, em bastante número, interessa aos poucos que detém o poder e representam seus legítimos interesses. Dizem que vieram como sinônimos da mudança e renovação, mas o que fazem é perpetuar o "status quo" de uma maneira geral, e com o mesmo discurso, a cada eleição, 'ad eternum'...

Enquanto eu não tiver comida na barriga, minha preocupação será essa, saciar a fome. A partir daí, saciada, posso me preocupar em me instruir, em aprender, em entender e a me libertar do jogo baixo destes interesses.

Como disse sabiamente meu pai: Hoje, a esquerda e a direita se encontram e vão desaguar numa conta na Suiça.

Quem diz, desdiz. Quem acusa, é acusado. Quem afirma, outra hora nega. O sistema é um amálgama de interesses excusos.

Um exemplo: http://www.youtube.com/watch?v=83WUqpvddq8&feature=related

Como diria Rui Barbosa: Tratar desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades.

Que a verdade prevaleça. Seja como for. Por onde vier. Doa a quem doer.

Ana Aitak disse...

Acho que até os menos "instruídos" já perceberam essas características na política brasileira. E pode ser que até mesmo o eleitor mais "humilde" faça do voto um instrumento para buscar benefício próprio, e só poderíamos questionar isso,vivenciando a mesma situação que esses mesmos vivenciam durante o não período eleitoral, ou seja, a maior parte do tempo: indiferença e negligência por parte do poder público e quem quer mais que seja responsável por essa perpetuação das mazelas. O caso é que fazer julgamentos, generalizações e disseminar palavras e atos de ódio e discriminação das mais ignorantes possíveis também não justifica e muito menos se explica por quaisquer que sejam nossas outras mazelas políticas, sociais. Acredito. A compreensão e o respeito ao outro devem pautar qualquer discussão sobre qualquer tema, também compartilho dessa opinião.
E tudo isso, não seria tratar os desiguais na medida de sua desigualdade? Acho que sim.

Guilherme Antunes disse...

Concordo. E assim, quanto mais nos pusermos no lugar do outro. Quando fizermos ao outro aquilo que gostaríamos que nos fizessem. Quando deixarmos nossos interesses egoístas e nosso jeitinho brasileiro de lado; a política, aí sim, será a legítima representação de todos e, por conseguinte, a diminuição das desigualdades que dóem na alma, e no corpo. ;)

Ana Aitak disse...

tem toda razão. Obrigada por distribuir bom senso e inteligência por aqui

bjus

Thiago disse...

Fazia tempo que não lia algo inteligente. Pelo menos não neste contexto.
Se não me mata, no mínimo me entristece este jogo político do qual somos obrigados a participar.

E quando ouvia falar em classes C,D,E... nestes últimos meses eu me perguntava: que diabos é isso? Qual a verdadeira necessidade desta divisão? Mostrar que melhorou, mas continua péssimo?

Falou-se muito em PAC, ensino técnico, superior, viaturas, maternidades. Pouco se falou nas necessidades básicas e nos problemas que fazem o Brasil parecer um buraco só: a corrupção e a desigualdade social.
Escondendo os problemas que (infelizmente) nos unem, tudo virou uma disputa entre regiões, classes e quaisquer outras formas de divisão.
Se o humorista Tiririca foi (muito bem)eleito, então já podemos afirmar: os palhaços somos nós.