quinta-feira, 10 de junho de 2010

coisa alguma coisa

Minha alegria anda numas coisas sem nome, indefiníveis de tão abstratas. E ando junto com ela nesse estado entre dormindo e acordada, ouvindo tudo ao meu redor, mas percebendo muito pouco do que é real. Repito a indiferença e o individualismo que tanto aborreço e tenho medo do outro ser apenas um espelho meu como já li em algum lugar em outras palavras. É um absurdo preferir tudo que é diverso de mim e só consegui andar carregada da minha subjetividade impassível. Quero devaneios súbitos pra sair dessa sonolência trivial, pois a experiência é muito pouco pra julgar os sonhos. Preciso buscar sabedoria na poesia; desconfio que só a prosa não me baste.

2 comentários:

Pedro Inácio disse...

uahuahuah
Que análise tão bem feita de tudo que tenho tentado falar há tanto tempo.
o.o
quero mais.
Parabéns.

Evaldo disse...

Penso que todos nós somos uma poesia.
A metamorfose começa acontecer quando desconfiamos
que algo já nos é trivial.