terça-feira, 24 de junho de 2008

O tEmPo *

foto: Le tresor -Honey in: http://olhares.aeiou.pt/le_tresor/foto1957144.html


Nós mulheres não temos um bom relacionamento com ele, e não é pelo fato de nos olharmos no espelho e percebermos algumas marquinhas que nos deixou... isso também, mas não só.

E claro que não é uma característica estritamente feminina, tanto que muitos homens, músicos, poetas já imortalizaram em suas obras as inquietudes relativas ao tema. Acho que é mesmo uma angústia humana, que independe de sexo, cor ou crença, pois envolve muitos mistérios como a incerteza da continuação da vida ou a certeza da finitude dela, e tantos outros sentimentos e idéias que nos tocam profundamente quando voltamos nosso pensamento para isso.

No meu caso são milhões de coisas, eu prefiro nem pensar nelas na maioria das vezes, entretanto em alguns momentos de nossas vidas somos surpreendidos por situações e acontecimentos que nos obrigam a encarar tais questões. A própria experiência de morte ou de vida, esse ciclo ininterrupto que acontece a todo instante, mas que só nos damos conta, quando sentimos na pele ou bem próximo.

Esta semana as duas situações ocorreram bem próximas a mim, a primeira o nascimento da filha da minha única irmã, que me trouxe emoções e sentimentos novos, pensamentos novos; já havia sido tia três vezes, mas por parte de irmãos, não sei se por ser mulher como eu ou por ela ser mais nova ou por eu ainda não ser mãe ou por sermos mais próximas, não sei... Mas dessa vez foi diferente, esse fato está me comovendo profundamente e ainda nem vi o bebê.

O outro fato, a morte da irmã de uma colega de trabalho me trouxe também sentimentos e pensamentos que geralmente evito- E quando for alguém meu? E quando for eu? O que estou fazendo? Como estou vivendo? -Isso tudo que passa pela nossa mente diante de tais fatos igualmente tocantes.

As alegrias e os sofrimentos desta última semana, porque não foram apenas esses dois, me deixaram com aquela sensação estranha de que o tempo está escorregando entre meus dedos.

*texto sujeito a alterações posteriores, ou remoção.

2 comentários:

Maldictus Otarius disse...

Olá novamente!

Boa semana pra ti.

Beijos!

Anônimo disse...

É interessante como de fato não conhecemos a fundo a "alma" do ser humano. As surpresas que se mostram quando essa "caixa" é descoberta.
Na maioria das vezes, seguindo de certa forma uma tendência natural, avaliamos as pessoas naquela visão primeira e superficial que temos, deixando de lado suas características mais intrísecas e verdadeiras...
Assim a vejo Ana Kátia, Parabéns! muito bom mesmo...

Seu colega Deusdemilson