Duas pessoas
Dois mecanismos distintos
De ver o mundo.
O mesmo fato
Vira do avesso
Visto
De cada ponto
Por cada parte.
Partem
Por caminhos diferentes
Não há luz no fim
Não avistam
A mesma chegada
Outro começo
Aparecerá.
(Durante a prova de concurso, enquanto uns se esforçavam pra redigir um parecer técnico eu já havia desistido e rabiscava a folha da redação me distraindo com os saberes que não estão à prova! E tenho dito :)
domingo, 3 de junho de 2012
sábado, 2 de junho de 2012
auto-retrato
Eu sempre andei assim
quase absorta
quase abstrata
quase perdida
Eu sempre entristeci
quase obscura
quase culpada
quase escondida
(...)
Eu sempre fui assim
quase exaltada
quase encantada
quase feliz.
quase absorta
quase abstrata
quase perdida
Eu sempre entristeci
quase obscura
quase culpada
quase escondida
(...)
Eu sempre fui assim
quase exaltada
quase encantada
quase feliz.
Amneres, poeta paraibana, mora em Brasília desde 1979 in http://www.rubensjardim.com/blog.php?idb=32248
terça-feira, 29 de maio de 2012
apontamentos e disappointments
Resultados parciais dos processos de conhecimento e reconhecimento de si mesmo. Incompleto, mas fortes indícios apontam para a grande probabilidade da diminuição dos dissabores sempre advindos destas questões de motivação emocional, sentimental com sufixação para ismo ou não. Observa-se grandes avanços quando do entendimento de que algumas coisas estão além das nossas forças e vontades e ismos ou não, que bom. A aceitação dos próprios limites e que algumas coisas não tem mesmo conserto ou sequer estiveram quebradas, erradas, há sempre uma perspectiva razoável, o que não significa indolor.
Parece-me que Drummond é quem estava certo a dor é inevitável o sofrimento opcional, não sei onde li, acho que foi esse o poeta. Venho descobrindo também involuntariamente que há um descompasso entre pensar que já passou e realmente passar (o passado, claro). Por isso voltei a ouvir Adele (tenho que medir a oscilação ou regularidade de cada minuto, nesse sentido). As boas notícias são que em grande parte da história, a protagonista é outra, às vezes, ainda um verso, uma nota, uma palavra escapa.
Parece-me que Drummond é quem estava certo a dor é inevitável o sofrimento opcional, não sei onde li, acho que foi esse o poeta. Venho descobrindo também involuntariamente que há um descompasso entre pensar que já passou e realmente passar (o passado, claro). Por isso voltei a ouvir Adele (tenho que medir a oscilação ou regularidade de cada minuto, nesse sentido). As boas notícias são que em grande parte da história, a protagonista é outra, às vezes, ainda um verso, uma nota, uma palavra escapa.
Mas não daqui, é claro, aqui todas elas são acolhidas, tem lugar, tem poder; transformam esse tanto de frases desconexas num momento, num fato, num ato de reflexão (falho, mas sincero).
"A gente sofre muito: o que é preciso é sofrer bem, com discernimento, com classe, som serenidade de quem já é iniciado no sofrimento.
Não para tirar dele uma compensação, mas um reflexo." ..... Fernando Sabino
Não para tirar dele uma compensação, mas um reflexo." ..... Fernando Sabino
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um texto escrito direto do pensamento para aqui
quinta-feira, 24 de maio de 2012
roteiro
Quando olho para coisas que acontecem na minha vida, concluo:
seria trágico se não fosse cômico (nessa ordem mesmo)
Só rio
desse desaguar.
seria trágico se não fosse cômico (nessa ordem mesmo)
Só rio
desse desaguar.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Elogio ao amor
Taí um texto que eu queria ter escrito:
http://entretenimento.r7.com/blogs/clara-averbuck/2011/01/08/coracao-nos-dedos-dos-outros/
num blog melhor ainda.
http://entretenimento.r7.com/blogs/clara-averbuck/2011/01/08/coracao-nos-dedos-dos-outros/
num blog melhor ainda.
sábado, 19 de maio de 2012
entendimento
A vontade volta aos poucos, a coragem não. To pagando caro, mas não paguei pra ver, nem pago. Deixa coração que você não tem olhos, nem ouvidos. A cabeça tem sempre razão e quase todos os sentidos: fala, vê, ouve (até o que não quer), cala quase sempre. Mas o toque está é ao alcance das mãos, então vamos com calma todos aí. Eu confio em todas as partes, assim eu confio em mim, e qualquer hora encontramos motivos, só não sei se será um presente, só tenho certeza do fim (ou sim).
quarta-feira, 2 de maio de 2012
A dança
...E quando o som de todas as declarações das
nossas mais sinceras
intenções tiver desaparecido no vento,
dance comigo na pausa infinita antes da grande
inalação seguinte do alento que nos sopra a
todos na existência,
sem encher o vazio a partir de dentro ou de fora.
Não diga "Sim"!
Pegue apenas a minha mão e dance comigo.
Oriah Mountain Dreamer in A dança, pág. 16 (o livro que estava louca pra lê e já vi que vou amar)
nossas mais sinceras
intenções tiver desaparecido no vento,
dance comigo na pausa infinita antes da grande
inalação seguinte do alento que nos sopra a
todos na existência,
sem encher o vazio a partir de dentro ou de fora.
Não diga "Sim"!
Pegue apenas a minha mão e dance comigo.
Oriah Mountain Dreamer in A dança, pág. 16 (o livro que estava louca pra lê e já vi que vou amar)
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