sábado, 7 de janeiro de 2012

esclarecer

Daqui, deste momento, sob a atmosfera de um tempo; versando quase sempre sobre e a partir da imaginação, do pensamento subjetivo, do sonho; exarcebando a poesia que é transparente, e mesmo assim avistando-a nessa perspectiva lírica, que embala essa hora de dormir acordada. Assim mesmo, sempre paradoxal e por isso nem sempre lógica e real para todos. A despeito da utilidade prática, persistindo nessa atividade inócua e, talvez dispensável, letra após letra. Ela revigora, suaviza, acolhe não o objeto inacessível do desejo, mas essa capacidade - necessidade (des) humana de desejar apenas; existir e ser.


"Não há verdadeiramente coisa alguma que venha estancar esta falta que dá origem a um sujeito."

(Nadiá Paulo Ferreira in Vem cá Luiza, me dá tua mão.)

2 comentários:

Guilherme Antunes disse...

O sujeito colore
de jeito a enfeitar
sua vista,
suas mãos,
seus espaços
qualquer um de seus laços.
O sujeito
constrói pontes,
lapida diamantes,
morde com todos os seus dentes.
qualquer uma de suas realidades.
O sujeito faz de um tudo
pra ser alguma coisa
enquanto se existe em qualquer canto. O paradoxo mora nas esquinas do mundo e no avesso das coisas mesmas. A lógica é óculos de uma lente só. O lírico é livro da Alma. A poesia nosso travesseiro. O sonho, não objeto, mas objetivo: ser semente.

Ana Aitak disse...

Agora, as coisas foram esclarecidas... de um jeito bonito.
:)