quinta-feira, 12 de agosto de 2010

encantada

A escrita nos liberta dessa inércia consciente. Dessa vontade não realizada de querer dizer algo que não dizemos, fazer algo que não fazemos. Eu que digito a primeira palavra não sou a mesma ao final do texto. Estou sob esse encanto da palavra, que só se quebrará com um beijo compreensivo de quem me leia, e mais que me compreender, entenda além de tudo que eu nunca disse, além do silêncio e da página em branco. Enquanto espero imaginando esse conto, vivo na história da vida real e a noite me diz agora, que é hora de virar a página do dia.

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