A sua armadura era só a verdade, aquilo que era e sabia ser, sem véus, sem máscaras.
Chegou genuíno, franco, reluzente. Dizendo, fazendo, mostrando o que pensava e sentia. Inocente da malícia alheia, da maldade no olho daqueles que o viam e ouviam. Falou e disse, cantou e dançou, pensou e sonhou e riu e chorou, sendo ele mesmo; autêntico como o gosto e o cheiro da água limpa e transparente; como a pureza que não se copia. Depois saiu, deixando entreolhares e silêncio, levou a beleza de sua alma que por um momento a todos iluminou. E talvez nem saiba do seu encanto: deixar em cinzas a vaidade humana, o coração mau.
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