não é possível que com milhões de coisas acontecendo mundo a fora, boas, ruins. aqui dentro pareça suspenso, há um temor de paralisar após atravessar a porta, entrar no palco, perder a voz. há um receio de não ser visto, de que olhem através de mim. um vidro. um fragmento. um corte. sabendo que é sempre possível sarar e sorrir. prendo o olhar na toalha da mesa meio brega, meio vintage e não consigo ver poesia alguma ao redor do móvel. não me decido entre me estender além desse horizonte íntimo e permanecer dentro daqui.
sábado, 12 de março de 2011
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Um comentário:
é uma escolha difícil.
acho impressionante porque tenho me sentido assim, foi muito bom ler isso,pois partilhei uma solidão de pensamento.
Eu quero sair, procurar por algo que não tenho. Mas não quero me perder mais. Não quero perder. Então não tenho me arriscado.
Bjo.
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