Não sei direito o que se passou, e por não saber, também nem sentir ao certo, se alegria ou não. A incerteza e o engano foram maiores que dois, mesmo que até aqui estivessem em letras maiúsculas, sob muita ênfase. Agora apenas borrões, e a tinta escorrendo salgada de um lado do rosto. Fica ainda mais difícil entender o que está escrito se os olhos embaçam, embora tenha sido dito literalmente em alto e bom som, mas não foi de bom tom. E por falar em cores, o colorido seguiu a ordem alfabética da vida e agora está dolorido, nem dá pra tocar senão quebra; se desmancha como um sonho, não um doce. Foi o bastante pra acordar, bastou perceber que eu também já estive naquele papel. Mas esperava que ao contrário de mim, você errasse o texto, os gestos e surpreendesse inclusive eu.
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3 comentários:
Apesar de todos os borrões e cores desbotadas, é sempre bom lembrar que, contra todas as probabilidades, a vida ainda pode ser uma folha em branco. Como se virássemos o lado, ainda vemos as marcas do que foi pintado antes, mas ao menos ainda temos espaço para uma nova arte. Felizmente, pintores ou não, todos temos o dom de pincelar, ou roteirizar, novas histórias, ainda que com a mesma aquarela ou caneta.
PS.: Obrigada pelo comentário no blog "Se Conselho Fosse Bom". Volte sempre.
ana,
nome que dança
em minha boca
adoro seu ver
e me apaixono ainda mais
pela vida...
sei que estou pedenente com você, reconheço minha falta, mas não suma de mim, por favor...
beijos,
do menino-homem
fica com Deus!
Olá! quanto tempo, hen?! Li esse texto e não poderia deixar de comentar, apesar de não fazer a mínima ideia da motivação para tamanha inspiração, mas o fato é que escreve muito bem, usa as palavras como poucos. Faça bom uso desse dom e continue a nos presentear com sua versão da vida.
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