terça-feira, 29 de maio de 2012

apontamentos e disappointments

Resultados parciais dos processos de conhecimento e reconhecimento de si mesmo. Incompleto, mas fortes indícios apontam para a grande probabilidade da diminuição dos dissabores sempre advindos destas questões de motivação emocional, sentimental com sufixação para ismo ou não. Observa-se grandes avanços quando do entendimento de que algumas coisas estão além das nossas forças e vontades e ismos ou não, que bom. A aceitação dos próprios limites e que algumas coisas não tem mesmo conserto ou sequer estiveram quebradas, erradas, há sempre uma perspectiva razoável, o que não significa indolor.
Parece-me que Drummond é quem estava certo a dor é inevitável o sofrimento opcional, não sei onde li, acho que foi esse o poeta. Venho descobrindo também involuntariamente que há um descompasso entre pensar que já passou e realmente passar (o passado, claro). Por isso voltei a ouvir Adele (tenho que medir a oscilação ou regularidade de cada minuto, nesse sentido). As boas notícias são que em grande parte da história, a protagonista é outra, às vezes, ainda um verso, uma nota, uma palavra escapa.

Mas não daqui, é claro, aqui todas elas são acolhidas, tem lugar, tem poder; transformam esse tanto de frases desconexas num momento, num fato, num ato de reflexão (falho, mas sincero).

"A gente sofre muito: o que é preciso é sofrer bem, com discernimento, com classe, som serenidade de quem já é iniciado no sofrimento.
Não para tirar dele uma compensação, mas um reflexo." ..... Fernando Sabino

quinta-feira, 24 de maio de 2012

roteiro

Quando olho para coisas que acontecem na minha vida, concluo:
seria trágico se não fosse cômico (nessa ordem mesmo)
Só rio
desse desaguar.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

sábado, 19 de maio de 2012

entendimento

A vontade volta aos poucos, a coragem não. To pagando caro, mas não paguei pra ver, nem pago. Deixa coração que você não tem olhos, nem ouvidos. A cabeça tem sempre razão e quase todos os sentidos: fala, vê, ouve (até o que não quer), cala quase sempre. Mas o toque está é ao alcance das mãos, então vamos com calma todos aí. Eu confio em todas as partes, assim eu confio em mim, e qualquer hora encontramos motivos, só não sei se será um presente, só tenho certeza do fim (ou sim).

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A dança

...E quando o som de todas as declarações das
nossas mais sinceras
intenções tiver desaparecido no vento,
dance comigo na pausa infinita antes da grande
inalação seguinte do alento que nos sopra a
todos na existência,
sem encher o vazio a partir de dentro ou de fora.
Não diga "Sim"!
Pegue apenas a minha mão e dance comigo.

Oriah Mountain Dreamer in A dança, pág. 16 (o livro que estava louca pra lê e já vi que vou amar)